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Estilos de Vida Mais Modernos: Nômades Digitais

Trabalhar em casa é um sonho para muitas pessoas. Quem alcançou este estilo de vida sabe o quão gratificante é. Posso afirmar por experiência própria pois já trabalho em home office há quase 10 anos. E trabalhar viajando pelo mundo? Isto já passou pela sua cabeça? Se você ainda não se deparou com o termo “Nômade Digital”, trata-se de um indivíduo que usa tecnologia para realizar remotamente as tarefas da sua profissão, de forma a não depender de um local fixo de trabalho. Com isto, possuem um estilo de vida nômade, viajando por diversos países do mundo.

O home office do nômade digital não é o quarto da empregada do apartamento que foi transformado em escritório, pelo contrário, são dezenas de quartos de hotéis, hostels, albergues, quartos de apartamentos alugados pelo site AirBnb, cafés, bibliotecas, praças e outros locais públicos espalhados pelo mundo afora. Como precisam apenas de um notebook ou  um outro dispositivo mobile como smartphone plugado em uma internet, podem trabalhar facilmente nestes locais.

O estilo de vida do nômade digital é minimalista. Geralmente, os nômades digitais são jovens que tiveram um “clique” após perceberem que o real valor da vida está nas experiências e não na posse de coisas. E a construção desta experiência de vida está baseada em conhecer lugares, pessoas e culturas em diversas localizações do globo terrestre. Uma experiência libertadora.

Os nômades digitais geralmente são profissionais como escritores, publicitários, fotógrafos, designers, professores de línguas, desenvolvedores de software e outros que possam realizar suas tarefas independente de sua localização física. Não são estudantes que juntaram um dinheirinho, colocaram uma mochila nas costas e saíram para conhecer alguns países. Pelo contrário, são profissionais experientes nas suas áreas de atuação que encontraram uma forma de ter renda financeira sem a necessidade de estar presos a uma cidade ou região.

Costuma-se dividir os nômades digitais em três grandes grupos de acordo com a natureza da atividade executada: freelancers (realizam projetos e serviços para uma demanda específica); empreendedores (criam seus próprios produtos e serviços digitais); e funcionários remotos (funcionários comuns de empresas mas que não possuem local fixo – não confundir com trabalhadores de home office pois estes não trabalham viajando).

Nomadismo Digital

Segundo a Wikipédia, nomadismo é a prática dos povos nômades, ou seja, que não têm uma habitação fixa, de viver permanentemente mudando de lugar. Usualmente são os povos do tipo caçadores-coletores ou pastores, mudando-se a fim de buscar novas pastagens para o gado, quando se esgota aquela em que estavam.

Os nômades não se dedicam à agricultura e frequentemente ignoram fronteiras nacionais na sua busca por melhores pastagens. A maioria dos antigos povos nômades tornaram-se sedentários com a descoberta da agricultura. No entanto, ainda hoje subsistem sociedades nômades, como algumas tribos de tuaregues do Sahara.

Ao contrário deste nomadismo estudado nas aulas de história, no nomadismo digital o nômade não se desloca em busca de comida, pelo contrário, a busca é pelo conhecimento, pela sensação de liberdade. Até algum tempo atrás duas coisas prendiam o indivíduo a um determinado local: o contato com a família e a obrigação de estar presente fisicamente em um ambiente de trabalho. Com o auxílio das novas tecnologias de comunicação, estas relações tomaram nova forma.

Segundo o site 360 Meridianos, o conceito de nomadismo digital está calcado no uso da internet para trabalhar de qualquer lugar do mundo. Reuniões não mais realizadas na sala do escritório, mas por Skype ou Hang-out. Horário de trabalho não é mais definido pela empresa, mas pelo indivíduo. A rotina diária pode ser em São Paulo, em Nova York ou numa vila perdida no Himalaia – para um nômade digital, tanto faz.


A família do nômade digital pensa que ele é uma espécie de vagabundo-viajante. Seus amigos acham que ele ganhou na loteria e agora gasta o dinheiro viajando pelo mundo. Mas geralmente as pessoas não fazem ideia de como é de fato a vida de um nômade. A verdade é que estes nômades possuem uma rotina de trabalho como outra qualquer. Em alguns casos até mais dura com noites mal dormidas e fins de semana perdidos.

A vida do nômade digital não pode ser confundida como uma viagem interminável – férias sem fim. Quando se resolve aderir a um estilo de vida que envolve viajar durante a maior parte do tempo, é preciso ter em mente que a estrada deixa de ter o mesmo significado que tem para a maioria das pessoas.

Os próprios nômades digitais advertem: não glamorize a vida de um nômade digital. É uma vida normal, tem que lavar roupa, pagar contas, lidar com internet ruim, ficar acordado até tarde para entregar uma trabalho, etc. É preciso colocar os prós e contras na balança e decidir se isso é mesmo pra você. Como escreveu Tuani Mallmann:

Para viver como um nômade digital também é preciso ser desapegado e conseguir fazer com que toda sua vida caiba em uma mala e uma mochila. Além disso, é preciso saber conviver com a solidão, apreciar sua própria companhia e conseguir se despedir de um lugar que te encantou simplesmente porque o seu visto lá vai vencer. Será que você conseguiria encarar esses desafios?

Profissão Nômade Digital

Este termo não é novo, já tem muita gente vivendo como nômade digital, principalmente no exterior. Não se trata de uma forma de trabalho trivial, ou um grupo de pessoas que encontrou uma daquelas fórmulas milagrosas de dinheiro fácil que costumam chegar no nosso e-mail. Muito pelo contrário, é preciso ter muita força de vontade, trabalho, dedicação e abdicação para alcançar esse novo estilo de vida.

Não existe faculdade para se formar nômade digital. Nomadismo digital não é profissão, é um estilo de vida. Contudo, para se adotar este estilo, alguma atividade remunerada você precisará exercer. O único requisito é que a mesma possa ser executada de forma remota, através do uso de uma conexão de internet. Rafael Câmara do site 360 Meridianos dá alguns exemplos de atividades que uma pessoa pode desempenhar a fim de se tornar um nômade digital.

Produção de Conteúdo: Escrever textos, produzir vídeos, publicar fotografias próprias, etc, tudo isso pode ser feito digitalmente. Nessa área, podem trabalhar jornalistas, publicitários, fotógrafos, videomakers, tradutores, escritores, ou mesmo alguém que exerção qualquer outra profissão mas que escreve bem sobre determinado assunto. O mais comum é trabalhar como freelancer mas você pode criar seu próprio site ou blog e publicar seus conteúdos.

#PartiuMundo

Desenvolvimento de Sites e Sistemas: Web designers, programadores, especialistas em SEO, enfim, profissionais que dominam sistemas computacionais naturalmente já estão com um pé na vida de nômade digital. A área de desenvolvimento sistemas é muito vasta e na maior parte das vezes é possível desenvolver o trabalho remotamente.

Venda Produtos Físicos e Info-produtos: Muitos nômades digitais sobrevivem através da venda de info-produtos como afiliados e produtores bem como através da venda de produtos físicos. Vender info-produtos hoje em dia é relativamente simples, serviços como o Hotmart ajudam bastante a vida do afiliado e do produtor. O mesmo já se pode falar da venda de produtos físicos, serviços como o Drop Shipping chegaram para resolver a questão da logística que atormentava os vendedores virtuais. O vendedor agora não precisa mais estocar produtos na sua residência, basta contratar um serviço Drop Shipping responsável pela embalagem e despacho do produto ao consumidor.

Consultoria e Coaching: Seu conhecimento é seu bem mais valioso, por que não vendê-lo digitalmente?
Isso vale para várias profissões, todo mundo tem algo para ensinar. Existem muitas empresas e pessoas dispostas a contratar serviços das mais diversas áreas. Um caminho muito utilizado hoje em dia é a divulgação através de blogs, canais de Youtube e páginas de Facebook.

Maiores Dificuldades do Nômade Digital

Conforme apontado pelo site Escreva para Web, as três principais dificuldades que o nômade digital enfrenta são:

Problemas com Internet: A falta de conexão com à internet ou a velocidade reduzida do serviço são problemas recorrentes que os nômades digitais enfrentam pelo mundo afora. Erra quem pensa que este é um problema apenas do Brasil. Dependendo do local onde você está, é necessário andar muito até encontrar uma boa conexão.

Saudades de Casa: A distância da família é outro obstáculo na vida de um nômade digital. Mesmo que você se relacione com amigos e familiares pela internet, um contato mais próximo fará falta no futuro. A solidão é ainda maior em razão da dificuldade de se manter um relacionamento estável, pois é difícil encontrar alguém disposto a viver esse estilo de vida.

Desapego de um País Apaixonante: Quando conhecemos um novo país, é comum se apaixonar pela sua cultura, estrutura e seu povo. Todavia, o desapego deve ser característica inerente ao nômade digital. Isso porque, os vistos duram aproximadamente entre 1, 3 e 6 meses, o que impossibilitaria que você permaneça em um país por muito tempo. Adquirir vistos com prazos maiores ou residência é um investimento muito caro e burocrático. É uma atitude que não compensa, pois poderia prejudicar o orçamento que você tem disponível.

Mitos Sobre o Nomadismo Digital

Que a experiência do nomadismo digital é libertadora e gratificante já deu para perceber, mas há alguns pontos que precisam ser esclarecidos para quem está tendo contato com este estilo de vida pela primeira vez. E nada melhor que um casal nômade para falar sobre isto.

Debbie Corrano e Felipe Pacheco do site Pequenos Monstros listaram 5 mitos sobre o que é ser um nômade digital. Para eles, é comum encontrar por aí ideias erradas sobre esse estilo de vida, geralmente por pura falta de informação. Para desmitificar um pouco as coisas, o casal procurou mostrar a realidade por trás de alguns achismos:

Nômades são Ricos: Quem olha de fora pode pensar que todos os nômades na verdade não trabalham e nasceram milionários ou que eles só conseguem viver essa vida porque ganham muito dinheiro. Podem ocorrer casos assim mas nenhum dos dois é a realidade da maioria dos nômades digitais. Pelo contrário, os nômades digitais costumam adotar a frugalidade como estilo de vida. O casal de nômades cita o próprio exemplo: A coisa mais valiosa que eu tenho é o meu notebook. Não tenho um carro, conto nos dedos de uma mão meus pares de sapato, não tenho um closet, não tenho uma casa, mas tenho alguns equipamentos relativamente bons que são essenciais para o meu trabalho. Esses são meus bens. Com o resto do dinheiro eu pago meu aluguel, quando dá tudo certo guardo um pouquinho. E é isso.

Nômade Viaja o Tempo Todo: O casal faz a mea-culpa e explica que fotos de turismo postadas frequentemente nas mídias sociais podem passar a falsa imagem de que o nômade está o tempo todo visitando pontos turísticos e paisagens paradisíacas. A verdade é que geralmente os nômades trabalham muito, porém não costumam publicar fotos destes períodos de expediente. Quando estamos em uma cidade diferente o que mais queremos é mostrar as coisas diferentes que estamos vendo, mesmo que seja só a caminho daquele restaurante baratinho do almoço.

Pequenos Monstros – Guia Prático de Como Trabalhar em Cafés

Trabalhar Viajando é Estar de Férias o Tempo Todo: Neste ponto, os nômades são categóricos, para eles, trabalhar enquanto você está viajando – ou morando temporariamente em outros lugares – é completamente diferente de só estar de férias curtindo. Você precisa manter uma rotina, várias vezes vai ficar semanas em uma mesma cidade e não vai conhecer seus pontos turísticos, pode passar dias trancado dentro do hotel ou cafés super legais trabalhando e coisas assim.

Nômades Vivem como Mochileiros: Fê e Debbie salientam que as maiores semelhanças entre nômades digitais e mochileiros são que ambos podem estar vivendo com apenas uma mochila e que ambos estão constantemente mudando de lugar. A vida de um nômade digital exige uma certa estabilidade porque muitas vezes ele está realmente morando em um lugar e isso envolve manter vários dos seus hábitos: rotina de exercícios, alimentação saudável e principalmente os relacionados a trabalho.

Não é Possível se Sustentar Viajando: O casal de nômades digitais termina o artigo dizendo que é sim possível se sustentar financeiramente trabalhando e viajando. Talvez este seja o maior mito que envolve este estilo de vida. Mas a própria história de vida deles derruba este mito. Veja mais nesta sobre estes mitos série de vídeos publicada pelo casal.

Nômades Digitais Brasileiros

Listarei a seguir alguns nômades digitais que encontrei pesquisando na internet. Não sei se são os “mais famosos” ou os mais antigos. Não importa. Cada um deles tem algo interessante a passar, cada qual com uma visão particular do mundo. Para quem se interessou por este estilo de vida ou mesmo está apenas interessado em definir o próximo destino para as férias que se aproximam, é uma lista em tanto de leitura. Caso algum leitor conheça outro nômade digital que não está nesta lista, basta colocar o link na área de comentários que terei imensa satisfação em acessar o site e linkar no artigo.

360 Meridianos (Luíza Antunes, Natália Becattini e Rafael Sette Câmara)

 

Luíza, Natália e Rafael, três amigos de Belo Horizonte que compartilham um blog e experiências incríveis. Nós somos jornalistas apaixonados por viagens. Há algum tempo, decidimos largar nossos empregos em grandes empresas e dar uma volta ao mundo. Somos sonhadores que acreditam que grandes jornadas mudam a vida das pessoas. Ao todo, já estivemos em mais 30 países e queremos estimular outros a fazerem o mesmo. É por isso que nós fazemos parte desse movimento conhecido como Nomadismo Digital. A nossa casa e escritório pode ser onde quisermos que seja, a qualquer momento. Podemos viajar a qualquer hora e trabalhar de qualquer lugar. O 360meridianos é nossa empresa e nosso estilo de vida.

Onde estão agora: Lu: Coimbra, Portugal – Naty: Barcelona, España – Rafa: Belo Horizonte, Brasil

Casal Nômade (Jair Rebello e Nayara Rebello)

 

Somos um casal de viajantes que decidiram transformar uma paixão (de viajar o mundo) em negócio. Hoje somos nômades digitais, viajamos sempre com a nossa empresa nos acompanhando durante nossas viagens, já que precisamos unicamente dos nossos notebooks e uma boa conexão de internet, mas nem sempre foi assim… Como basicamente todos os jovens de classe média, cursamos faculdade (eu, Jair de Análise de Sistemas e a Nayara de nutrição) e alcançamos posições confortáveis em nossas carreiras. Eu era concusado público ganhando um salário muito bom (veja como declarar salário no IRPF), com estabilidade, horário flexível e a Nayara com um consultório em um dos melhores shoppings de Manaus…foi quando decidimos abandonar tudo e iniciar a nossa empresa de Marketing Digital. Com a empresa de Marketing Digital indo bem conseguimos viajar basicamente por todo o Brasil (sempre trabalhando enquanto viajamos) e então começamos a compartilhar nossas experiências através do blog e do instagram do Casal Nômade. O Blog foi crescendo e hoje ele é uma parte importante da empresa nos possibilitando conhecer grandes hotéis e viver muitas experiências sem necessariamente pagar por elas.

Casal Partiu (Patricia Figueira e Vinícius Teles)

casal partiu

Deixamos o Brasil no final de 2010 com destino à Argentina. Nosso plano original era mudar de Niterói, onde morávamos até então, para Buenos Aires. Depois de vender tudo o que tínhamos no Brasil e chegamos em Buenos Aires apenas com algumas malas. Como era verão e o calor era forte, decidimos passar os meses de janeiro e fevereiro em Bariloche, na Patagônia. Foi lá que tomamos contato pela primeira vez com conceitos tais como viajante perpétuo e nômade digital. Percebemos que tínhamos todos os pré-requisitos para viver como nômades digitais. Afinal, já trabalhávamos remotamente e tínhamos liberdade para ir onde quiséssemos enquanto trabalhávamos em paralelo. Pensando nisso, decidimos continuar viajando e não mais ficar na Argentina em definitivo. Foi assim que começou a nossa história nômade.

Países já visitados (64 até o momento): Albânia, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bahamas, Bélgica, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Chile, China, Chipre, Cingapura, Colômbia, Coréia do Sul, Croácia, Curaçao, Dinamarca, Egito, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Guernsey, Holanda, Hong Kong, Hungria, Itália, Índia, Japão, Jordânia, Kosovo, Letônia, Lituânia, Líbano, Macedônia, Malásia, Marrocos, Montenegro, Mônaco, Myanmar, Nova Zelândia, Paraguai, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia, Rússia, Suécia, Suíça, Sérvia, Tailândia, Taiwan, Turquia, Uruguai e Venezuela.

Diário Nômade (Thaisy e Roger)

 

Para você que nos conheceu agora, apesar de voarmos em nossas ideias temos os pés no chão. Impulsivos, mas sempre conhecendo os riscos. Nosso perfil é de um casal bem tranquilo, que não gosta de festas badaladas, nem agitos na multidão. Adoramos fazer trilhas em meio a natureza e explorar lugares pouco conhecidos, mas que mostram verdadeiramente o cotidiano e as opções das pessoas que vivem no local. Parques são nossos lugares prediletos nas cidades, com muito verde e tranquilidade. Tudo isto, claro, sem deixar de dar uma passadinha nos pontos turísticos mais famosos. Como nômades digitais trabalhamos muito para nossos clientes. Por isso, temos uma rotina normal de atendimentos em horário comercial (claro, que flexível se comparado a uma empresa física – mas, damos nossas escapadinhas para passeios rápidos).

Thaisy: Sabe aquelas pessoas incomodadas, sempre a procura de algo novo e que nunca “sossega”? Pois bem, prazer, sou eu, Thaisy. Nasci no Paraná e mesmo gostando do meu Estado nunca quis ficar por lá. Então, fui pro amado Rio Grande do Sul, onde fiz faculdade e comecei a trabalhar, mas mesmo gostando do Estado, nunca quis ficar por lá. Surgiram oportunidades e lá fui eu me mudar pelo Brasil: Brasília, Rio de Janeiro, Piauí, Santa Catarina, São Paulo… e mesmo gostando destes Estados, nunca quis ficar por lá! Parece até brincadeira, mas este senso de ir em frente, conhecer coisas novas, descobrir um mundo novo está comigo desde pequena e chegou um ponto que precisei me render e ir (às vezes levando a mãe junto!).

Roger: Encantado com o mundo novo. Esta pode ser uma descrição curta e bem objetiva de Roger, desde que descobriu que ir daqui até ali era mais fácil do que imaginava. A partir daí desenvolveu uma estranha fobia de permanecer muito tempo no mesmo lugar. Juntando isto ao fato de trabalhar com Internet desde cedo, a opção pela vida nômade lhe pareceu algo bem natural, quase que predestinada.

Empreendedor Digital (Bruno Picinini)

empreendedor digital

Bruno Picinini – O Empreendedor Digital: Em 2010 largou seu emprego pra realizar um sonho: viajar o mundo podendo trabalhar onde e quando quisesse como um Empreendedor Digital. Mal sabia ele onde estava se metendo… Ao longo dos anos, conforme minha jornada como Empreendedor Digital foi avançando, a minha definição de LIBERDADE foi mudando… Antes achava que ela dependeria de coisas como: Ter um apartamento próprio pago… Ter um valor determinado na conta bancária… Não ter dívidas… E tantos outros. Mas com o passar do tempo, eu percebi que isso não é o que eu considero a verdadeira LIBERDADE. A liberdade de verdade… essa que pode garantir o nosso lifestyle ideal, o nosso estilo de vida… está em outro lugar.

Go to Gate (Bruna Caricati)

go to gate

Trabalho como jornalista freelancer e sou especializada em produção de conteúdos editoriais e content marketing para empresas. Já trabalhei em redação, em assessoria de imprensa, em editora de livros, em agência de comunicação e branding, além de ter feito uma porção de freelas para diversos setores. Esse pouquinho de tudo me fez ter maior compreensão das necessidades dos dois lados da comunicação: o de quem transmite mensagens e o de quem as recebe. Hoje sou nômade digital, portanto, trabalho enquanto viajo. Meu escritório é o mundo! Estou imersa em um estilo de vida que me permite estar sempre em contato com diferentes culturas, línguas, aprendizados e tendências. Sair da minha zona de conforto e nunca me acostumar a um só lugar é o que me inspira a realizar trabalhos mais criativos.

Infinita Highway (Artur Pinna Pinheiro, Leonardo Dantas Pinheiro Daniele Evaristo Pinna)

infinita highway

Leonardo Dantas Pinheiro: Leo nasceu no Rio de Janeiro em 19 de setembro de 1980. Mudou muito de cidades, escolas, trabalho e também de curso universitário – aa ciência da computação para a arquitetura, onde nossos destinos se cruzaram. É fácil dizer do que o Leo gosta: tudo que envolva emoção, beleza, movimento, desafios e diferença. Focado na área de representação gráfica, Leo descobriu em nossas viagens o prazer de fotografar e é o oficial registrador de culturas, paisagens, gastronomia e rotinas de nossa trip, além de editor de vídeos.

artur pinna pinheiro

Daniele Evaristo Pinna: mineira nascida em 19 de novembro de 1980, Dani também já passou por várias mudanças: de casa, cidade, estado, faculdade, cursos e trabalhos, até decidir pelo curso de Arquitetura e Urbanismo. Sua atuação profissional praticamente esteve voltada para construção civil, gerenciamento e restauração. Desde a chegada de Artur, Dani se tornou mãe em tempo integral, mas já está pronta para retomar sua função de navegadora oficial da Infinita Highway. Cabe a ela traçar as rotas, buscar lugares para dormir, preparar as refeições e registrar a viagem no blog. Agora será também a “professora” do Artur, uma nova função que exigirá dela muita disciplina e dedicação!

Dani e Leo são nômades digitais há cinco anos. Começaram essa jornada fazendo uma viagem de carro por todo o continente americano. Mais tarde, quando foram para a Europa, a Dani engravidou do Artur. Atualmente eles viajam com o pequeno Artur, que está com três anos de idade. Para isso, foi necessário fazer algumas mudanças na forma de viajar.

Jornada Kamoi (Priscila Kamoi)

jornada kamoi

Priscila Kamoi, 28 anos, curitibana, empreendedora e blogueira de viagens e felicidade: Há 6 atrás eu fui diagnosticada com câncer de tireoide e há 4 anos atrás eu fui diagnosticada com cisto no ovário e endometriose. Foi quando entendi que eu deveria usar aquele sofrimento para aprender alguma coisa. Foi por causa desse sofrimento que eu valorizo cada dia que eu tenho saúde. Que agradeço todos os dias por estar viva. Aprendi a ter GRATIDÃO. Eu aprendi a ser forte. Em Abril de 2014, decidi pedir demissão de um excelente emprego, com ótimo salário em uma multinacional para seguir meu sonho de empreender: ter meu blog de viagens e felicidade, onde eu posso trabalhar e viajar ao mesmo tempo. Há dois anos atrás, eu decidi me expressar, para o mundo. Falar o que eu tenho vontade. Mostrar ao mundo quem eu sou. Descartei o preconceito que ser blogueira significava para mim: o excesso de exposição, a futilidade, o ego…Por que não comecei isso antes? Esse é o meu blog, meu espaço, onde escrevo sobre o que eu quiser, sem regras, sem porquês, sem fingimentos, sem hipocrisia, sem debater, do meu jeito… Por que sentir vergonha de escrever se é o que se pensa, acredita ou sente? Eu viveria a vida por escrito, pois quando escrevemos, colocamos em palavras nossos sentimentos. Hoje já visitei 24 países, em + de 50 estados, com + de 60 roteiros de viagens e quase 200 posts sobre Viagens e Felicidade. Agradeço a todos. Por esses anos de blog. Por lerem. Por saber que tem milhares de pessoas que compartilham comigo meus sentimentos.

Jornada Nômade Digital (Fran Oliveira)

jornada nomade digital

Os Nômades Digitais são pessoas que utilizam a tecnologia a seu favor, para trabalhar em qualquer lugar e viajar ao mesmo tempo. Quando você pesquisa sobre isso, a maior parte das coisas que você encontra mostra, resumidamente, pessoas com um notebook em uma praia paradisíaca. Você até pensa que isso poderia ser legal para você, e decide que quer uma vida dessas. O Jornada Nômade Digital nasceu com a missão de ajudar a todos os que desejam encontrar um novo estilo de vida e de trabalho, com mais liberdade de tempo e localidade. É uma documentação – em tempo real – de cada passo que eu tenho dado nessa busca, para que o caminho dos erros e acertos fique pronto e traçado para os próximos que desejarem ser Nômades Digitais.

Eu investi muito em cursos, livros, e tudo mais que pudesse me ajudar. No fim, descobri que os cursos e livros falam quase sempre a mesma coisa, só que de formas diferentes, e que nada daquilo se encaixava para mim. Eu fiquei desesperada quando percebi que minhas habilidades não envolviam Web design, engenharia de software, jornalismo e etc. Eu precisei começar do zero. Por isso o Projeto se chama Jornada Nômade Digital: é uma Jornada mesmo! Desde o começo, vou te mostrar meus erros, acertos, o que está funcionando, o que não está, tudo! Tudo mesmo, será documentado em forma de vídeo no canal Youtube, Podcasts na Bubbly e textos aqui no site. Vou te dar dicas dos melhores cursos, para que você não precise investir mais de 3 mil reais em cursos que falam sempre da mesma coisa, como eu fiz. O Empreendedorismo Independente de Localização (Nomadismo Digital) é o modelo de trabalho do futuro, e quanto mais rápido você começar, mais chances tem de ser Livre.

Libertação Digital (Marcus Lucas)

libertacao digital

Meu nome é Marcus Lucas, além de Mestre em Sistemas de Informações e Telecomunicações Globais pela Waseda University, Japão, também sou fundador de diversos projetos digitais e apaixonado por automação de negócios digitais e por lifestyle business. Durante o período em Tóquio, trabalhei na Become Japan Inc., um site de comparação de preços fundado por Michael Yang (Michael é pioneiro nessa indústria e vendeu seu primeiro empreendimento, MySimon.com, por $700 milhões para a gigante CNET). Nos últimos anos, morei em mais de 5 países diferentes (Brasil, Filipinas, Inglaterra, Tailândia e Japão) e tenho estado envolvido com o desenvolvimento e a criação de novos produtos e serviços digitais. Conhecendo de perto as dificuldades iniciais de se começar negócios com recursos financeiros limitados, já que o meu primeiro empreendimento foi iniciado do meu próprio quarto, através deste blog busco inspirar pessoas a irem atrás de seus sonhos e a terem o estilo de vida que elas merecem.

Love & Road (Natalie Deduck e Robson Cadore)

love e road

Loucos pela vida! Essa é a melhor maneira de nos descrever! Juntos há quase 10 anos, nós já passamos por muitas coisas: viagem, festas , problemas familiares, problemas de trabalho, festas, mais viagens, sonhos, realizações, mais festas… Tantas histórias que fizeram a nossa parceria cada vez mais forte … No início de 2014 decidimos largar nossos empregos, vender nossas coisas, arrumar as malas e pegar a estrada! Deixamos nossos empregos, alugamos nossa casa, vendemos nosso carro, roupas, móveis, livros, tudo o que não cabia em nossas mochilas. Agora só carregamos algumas roupas, laptop, máquina fotográfica,muito amor e sonhos … E tenho certeza que isso será o suficiente!

Eu sou Natalie Deduck, mas pode me chamar de Nat. Já estou em meus trinta e finalmente percebi que eu não preciso estar de salto alto para me sentir sexy. Também descobri que a vida é muito mais fácil quando você sorri e pensa positivo. Tento não perder tempo com coisas que não valem a pena… Sou jornalista e já trabalhei como repórter, apresentadora de telejornal, gerente de loja e já tive meu próprio salão de beleza. Trabalhar não é problema para mim, o meu grande desafio é controlar minha vontade de sair e festar … Seja em qualquer lugar do mundo, se tem uma boa festa eu quero estar nela! Amo comida, vinho, boas risadas, novos amigos e gatos. Eu sou apaixonada por gatos!

Robson Cadore é o meu amor e meu parceiro. Carinhosamente eu o chamo de Rob! Ele trabalhou por 15 anos com transporte marítimo e Comércio Exterior. Embarcações, portos e contêineres eram seu universo. Isso é ótimo, porque ele sabe onde se localizam todos os portos, cidades e países. Ele é praticamente um atlas geográfico ambulante. Paciente e um pouco mais sério do que eu, Rob é um entusiasta do esporte. Do surf ao triathlon, do snowboard à corrida, ele está sempre envolvido com algum tipo de atividade esportiva. Uma das suas melhores qualidades : ele é um cozinheiro de mão cheia!!!

Yesbefree (Bruna Varjão e Samir Abud)

yesbefree

yesbefree é muito mais do que uma viagem de volta ao mundo. É uma expressão que diz, aliás grita: a vida é minha e de mais ninguém. Não existe um modelo único a ser seguido. Padrões censuram, engessam, inibem. E nós cansamos de viver expectativas que não são nossas. Passamos a nos perguntar: quem realmente somos nós? Quem gostaríamos de nos tornar no futuro? Que legado queremos deixar para os nossos filhos e para o mundo? O grito #yesbefree nasceu de dentro, é 100% interior. Significa ser fiel a nós, às nossas crenças, ao que nos move e nos faz vibrar.

BRUNA VARJÃO: Baiana, 27 anos, formada em administrarão de empresas e casada com Samir. Crescida numa família de jornalistas, se apaixonou pela Comunicação desde cedo. Trabalhou com marketing imobiliário por 6 nos numa grande empresa e se encontrou na área de Relacionamento nos últimos meses de ocupação. Apesar de realizada com o que fazia, se sentia como um passarinho dentro da gaiola no ambiente corporativo. Sua paixão é escrever e estar nas ruas em busca de inspiração, histórias e simplicidade.

SAMIR ABUD: Baiano, 33 anos, engenheiro, atuante da área há 15 anos, 5 numa grande organização. Caiu na engenharia por força do destino e buscou seu refúgio na relação humana, principal matéria prima da construção civil na sua opinião.É um verdadeiro amante da saúde, equilíbrio interior e bem estar. Espirituoso, sensível às questões sociais e inquieto, vem questionando padrões e rótulos da sociedade, em busca de um mundo melhor.

Mariana Pimenta

mariana pimenta

Mariana é de Belo Horizonte. Ela tinha um curso de inglês com inúmeras unidades, muitos funcionários e uma infinidade de alunos. Muitos deles eram executivos de grandes corporações. Depois de inúmeras mudanças em sua vida, ela encerrou a escola de inglês Wizard e começou a dar aulas pela internet. Atualmente ela conta com diversos professores e alunos e tudo é feito online. Isso permite que ela viva como nômade digital há alguns anos e tenha uma boa receita financeira. Claro que nem tudo são flores. Viajar sozinha implica em uma série de desafios.

Melhores Momentos da Vida (Bárbara Rocha e Vagner Alcantelado)

melhores momentos da vida

O videomaker Vagner Alcantelado e a jornalista Bárbara Rocha decidiram abandonar a sua rotina numa agência do Rio de Janeiro e criaram uma fórmula que lhes permitiu tornarem-se viajantes em tempo integral. O plano é ficar 10 anos na estrada e conhecer o máximo de países possíveis. Em 2012, o casal deixou o Brasil, levando apenas uma câmera e a ideia de produzir uma série para TV com foco nas suas viagens. Para suportar os custos da sua viagem e da produção da série, o casal resolveu criar uma produtora de vídeos itinerante especializada na criação de vídeos para hotéis de luxo e restaurantes. Revelando uma grande proatividade e capacidade de improviso, os dois viajantes conseguiram criar um negócio de sucesso, que lhes permitiu investir em novos equipamentos e financiar os dois anos de produção na Nova Zelândia, além de juntar uma grana pra temporada na Ásia.

Mundo da Luma (Luma Fachini)

mundo da luma

Formada em Produção Multimídia, sempre achei que tinha coisas demais na cabeça para guardar só pra mim, encontrei um bom parceiro de altas aventuras, e eu o Felipe resolvemos transformar nossas ideias, ideologias e sonhos em conteúdo útil para quem como nós sonha em ser livre para descobrir novos lugares! Foi assim que nasceu o Mundo da Luma, um lugar onde podemos nos expressar cada um a sua maneira, eu mostrando mais o que sou escrevendo e falando pelos cotovelos para todos que se permitem ouvir e ele por trás das câmeras sempre ao meu lado utilizando os bastidores para deixar registrado aquilo que acredita e aperfeiçoando suas técnicas através da fotografia, edição de vídeo, menino do SEO e gênio da internet. Juntos queremos eternizar o que somos, conhecemos e pensamos e deixar nossa marquinha registrada no Ponto Azul.

Na Palma do Mundo (Denny Serejo e Carolina Marques)

na palma do mundo

Já imaginou viajar o mundo como nômade digital, continuar trabalhando, ganhar melhor do que ganhava no Brasil e ainda receber em moeda estrangeira? Isso representa uma pequena parte da história da Carol e do Denny, do site Na Palma do Mundo. Eles se tornaram nômades digitais há aproximadamente um ano. Trabalham como freelancers para empresas no Brasil, EUA e Europa. Recebem em dólar e euro. 

Estar infeliz no trabalho não é de todo mal. Muitas vezes, esta pode ser a grande chave, o incentivo que estava faltando para que ocorram mudanças de vida. É o que aconteceu com o casal de brasileiros Denny Serejo e Carolina Marques, que após um processo de transição e planejamento, enfim alcançaram o status de nômades digitais.

Nomadan (Dan Cortazio)

 

Dan Cortazio – Empreendedor Digital Especialista em Tráfego Online: Em 2008 larguei meu ótimo emprego na Nova Zelândia pra me tornar o primeiro nômade digital brasileiro, tendo viajado mais de 40 países desde então. Google e outras empresas de internet financiam essa viagem. Quero compartilhá-la para incentivar você a sair da zona de conforto, encarar o novo e adquirir conhecimento empírico, vendo o globo fora da caixa… Propriedades web (canais de comunicação) que co-criei já ultrapassaram mais de meio Bilhão de pageviews, apenas um site atingiu 100 milhões de pessoas em mais de 200 países e territórios dependentes organicamente. Junto com uma equipe fantástica servimos milhares de páginas de conteúdo e milhões de anúncios todos os dias. Temos a meta de faturar 20 milhões em todos as marcas que gerenciamos em 1 ano. Em 2015 fui convidado a iniciar operações da Taboola no Brasil, a maior plataforma de descoberta de conteúdo do mundo que alcança 750 milhões de usuários todos os meses. Em menos de um ano o crescimento foi muito superior a 1000%. Fomos de poucos milhões a quase 2 bilhões de pageviews por mês. 

País atual: Austrália
Países visitados: 41
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Quero Viajar Mais (Guilherme Tetamanti)

quero viajar mais

Sou o Guilherme Tetamanti, fundador do Quero Viajar Mais, e sei que muitas dúvidas passam por sua cabeça quando está planejando uma viagem, ou então simplesmente não se conforma como algumas pessoas conseguem viajar tanto. Empresário, empreendedor e nômade digital, faz de tudo para viajar mais e quer levar muita gente para o mesmo caminho. Viajar não é somente comprar as passagens, reservar hotéis, arrumar as malas e embarcar, você precisa adquirir muito conhecimento se quiser realmente saber como viajar mais e melhor, sempre gastando menos. Formado em Administração de Empresas e Comércio Exterior pelo Mackenzie, comecei a empreender em 2006 na criação de negócios pela internet, me especializando em mídias sociais e marketing digital. Fundador do blog Quero Viajar Mais, já dei uma volta ao mundo, passando por mais de 30 países nos últimos oito anos, além de ter explorado muitos destinos no Brasil trabalhando como viajante profissional.

Outsiders Brasil (Paula Guimarães e Renan Baptista)

outsiders brazil

Em algum momento do nosso cotidiano, trabalhando em escritório na capital de São Paulo, sentimos a necessidade de partir e explorar outros ares.  Somos Paula e Renan, viajantes e amantes da natureza. Somos apaixonados por dois temas: felicidade e viagem. Você vai encontrar muito disso aqui no nosso conteúdo! Queremos inspirar você a trilhar novos caminhos vivendo uma viagem bem vivida! Juntos criamos o blog Outsiders Brazil e caímos na estrada com o Brasileirinho, é assim que carinhosamente chamamos o nosso carro. Foi um grande desafio deixar nossos empregos, casa e família e se jogar no mundo, mas tínhamos uma certeza do que não queríamos: continuar reclamando da nossa rotina sem propósito. Viajar o mundo para buscar a nossa essência pareceu a melhor ideia. 

Paula: Foi em Ilha Solteira no interior de São Paulo, onde nasci, que participei das melhores brincadeiras de criança, mas foi São Paulo que exigiu o melhor de mim. Sou formada em Relações Públicas pela Cásper Líbero e trabalhei na área de Marketing e Promoção de Eventos de algumas empresas na capital paulista. Mas também já morei na Irlanda e errei muitos pedidos de clientes enquanto trabalhei como garçonete de um pub. Como boa mão-de-vaca que sou, juntei dinheiro e segui realizando meu sonho: viajei pelo leste Europeu, conheci a Austrália e a Nova Zelândia, trabalhei na Itália para comprar mais passagem de trem e visitei amigos na Tunísia. Desde 2009 voltei para o Brasil e passei alguns anos tentando me encaixar nos padrões que a cidade tanto exige, mas percebi que estes padrões não são para mim, e de novo, economizei para partir!

Renan: Nasci em Araçatuba e fui criado em Três Lagoas, MS. Na adolescência, percebi que viajar faz bem, só que naquela época o único jeito de viajar era pulando de cidade em cidade jogando pelos times de basquete por onde passei. Batalhei desde cedo, e mudei meu foco de jogador para tecnologia. Montei uma empresa de informática e fui para a faculdade, até parar em São Paulo com o sonho de ser um executivo e acumular bens. Atingi algumas metas e consegui isso trabalhando em grandes empresas, algumas delas multinacionais, como por último a IBM. Só que achei difícil conciliar tudo isso com minha grande paixão: acampar e viajar com amigos e família. Minha jornada até aqui provou que a felicidade está nas coisas simples da vida, na capacidade de se reinventar e no poder do senso de comunidade. Dar a volta ao mundo é um grande marco na minha vida, é o meu maior desafio.

Pequenos Monstros (Debbie Corrano e Felipe Pacheco)

pequenos monstros

O Pequenos Monstros surgiu em 2012 de uma vontade de compartilhar as experiências que estávamos vivendo juntos. Viagens, nosso cotidiano, os lugares que vamos e qualquer detalhe interessante de nossa vida. Só que nós somos muito, muito curiosos, vivemos pesquisando, aprendendo e nos interessando por coisas novas, então um tema único não conseguiria agrupar tudo que gostamos. Foi daí que decidimos falar sobre esse nosso lifestyle, e então surgiu o nome do blog: o Pequenos Monstros é uma forma de alimentar todos os nossos monstrinhos internos que querem conhecer um pouco de tudo, indo de culinária a programação. Nosso blog é feito apenas de situações que vivemos, sempre com conteúdo criado e experienciado por nós. Não é a toa que ele é tão a nossa cara. 

Felipe Pacheco: O Fê resolveu fazer publicidade e cresceu com base naquele comercial que dizia “hate something, change something, make something better” e vem tentado fazer isso desde então, o que diz muito sobre ele. Nada está bom o suficiente e sempre encontra algum problema que pode tentar ajudar a solucionar. Apaixona-se fácil por pessoas, lugares, séries, filmes, livros, aplicativos e jogos, mas muitas dessas paixões não duram mais de 5 minutos, o que torna o botão de “pesquisar” o mais utilizado em sua vida.

Debbie Corrano: Desde pequena, Debbie quer experimentar um pouquinho (ou muito) de cada coisa da vida. Foi com essa vontade de fazer tudo ao mesmo tempo que ela decidiu ler todos os livros da livraria, estudar publicidade, viajar o mundo, adotar alguns cachorros pela rua e ainda se apaixonando por alguém. Tudo quase ao mesmo tempo. Foi mais ou menos assim que ela colocou a vida em malas de viagem e foi viajar o mundo com dois vira latas numa mão e o namorado na outra.

Quero Ser Nômade (Driéli Sonaglio)

Driéli, 27 anos, gaúcha, escorpiana, turismóloga, instrutora de idiomas, tradutora, youtuber, apaixonada por viagens, intercâmbios, idiomas e gastronomia, de corpo, alma e descendência nômade.

Se Joga Cara (Cadu Cassaú)

 

A ideia sobre o projeto Se joga, cara! surgiu da inspiração de diversos relatos, histórias e fotos de pessoas que viajam o mundo gastando muito pouco, com uma vida minimalista de bens materiais mas repleta de experiências e histórias. Meu nome é Cadu Cassaú, curioso e um típico carioca, daqueles que adoram uma farra, atividades ao ar livre e um bom sambinha… Em 2013 fiz minha primeira viagem internacional e primeira viagem sozinho, e meti logo o pé na jaca… rodei por 30 dias 7 países do Leste Europeu. Sem dúvidas, este foi o melhor investimento que fiz em minha vida e que me proporcionou conhecer tantas pessoas geniais, que expandiu completamente meus horizontes e me trouxe até o momento em que me encontro hoje.

Existem muitas histórias de pessoas que vivem na estrada, sejam eles nômades digitais ou apenas viajantes que conseguem emprego em cada local. Entretanto, quando lia estas histórias, achava tudo aquilo muito distante de mim… como se aquelas pessoas tivessem a profissão adequada para viver assim ou simplesmente tivessem nascido assim… bom, com o tempo, vi que não é bem assim e que tem espaço para outras pessoas embarcarem nessa vida também. Todo o conhecimento, experiências, dificuldades e oportunidades serão compartilhados aqui no Se joga, cara!  

Terremoto (Gabriel Torres)

 

Meu nome é Gabriel Torres, e eu sou empresário, empreendedor, escritor, jornalista e professor. Neste blog eu compartilho o que vi, li e vivenciei em minha jornada rumo à minha independência financeira, e espero, com isso, poder ajudar aqueles que estejam trilhando o mesmo caminho. Conto esta jornada em detalhes no meu livro “Os mitos do dinheiro“. No momento, vivo o estilo de vida “nômade digital”, e relato aqui as minhas experiências.

Travel and Share (Mirella Rabelo e Rômulo Wolff)

travel and share

Estamos viajando o mundo na Gallega, nossa Nissan Frontier e nos próximos 4 anos vamos percorrer todos os continentes, iniciamos pelas Américas e vamos em seguida para Europa, mas pode ser a África tudo depende de como vamos nos sentir no momento de despachar o carro. Vivemos um dia de cada vez, planejamos os próximos passos mas somos muito flexíveis para aceitar as surpresas da estrada. Para pagar a viagem além de nossas economias dos últimos 10 anos, trabalhamos com geração de conteúdo online o que ajuda pagar a viagem. Compartilhamos todas as experiências da estrada nas redes sociais através de vídeos diários no Youtube e também fotos. Nossa intenção é inspirar pessoas com sonhos parecidos com os nossos e também para aqueles que não querem viajar mas ainda sim querem conhecer o mundo.

Mirella Rabelo: Nasceu em Minas Gerais, lá se formou em Administração pela PUC e quando deveria começar a trabalhar de verdade decidiu se mudar para os Estados Unidos para estudar inglês. Dois anos depois voltou para o Brasil e escolheu São Paulo para morar, lá trabalhou muito, dormiu pouco e se estressou demais, também fez um MBA em Marketing na FGV , demorou, mas percebeu que o salário bacana no final do mês não compra felicidade. De teste foi para a Espanha por um mês para estudar, lá decidiu que tiraria um ano sabático e que iria montar seu próprio negócio em breve. Quando voltou para o Brasil conheceu o Rômulo que estava deixando tudo para viajar o mundo, os sonhos se cruzaram e os planos do ano sabático se transformaram em uma viagem de volta ao mundo. Além de viajar, ela gosta de prosa, fotografia e ver vídeos no Youtube, tem um problema sério com matemática e 7×7 é 39.

Rômulo Wolff: Nasceu no Rio Grande do Sul, saiu de casa cedo para estudar Administração em Novo Hamburgo, emendou uma pós em TI, com fome de conhecimento foi para Londres aprender inglês, acabou mesmo aprendendo espanhol em Madrid na Espanha onde viveu por 6 anos, o inglês melhorou quando foi para Suécia onde viveu mais 3 anos antes de voltar para o Brasil. Sabia que a trabalho poderia viajar para vários países, mas para conhecer o mundo de verdade precisaria fazer diferente. Decidiu deixar tudo, inclusive um trabalho bacana, daqueles que todo mundo sonha ter, planejou viajar o mundo de carona, escutou muita gente chamar ele de maluco até conhecer a Mirella que estava pensando em mudar de vida também. O restante vocês já podem imaginar. Além de viajar, gosta de fazer vídeos, tomar café, comer unha e ele também coleciona itens para o bar de esportes que irá montar após a viagem. Nas horas vagas toma a tabuada do 7 da Mirella.

Viajantes Aprendizes (Jair Rebello, Rafael Incao, Nay Girelli, Patty Ferrini)

viajantes aprendizes

O Viajantes Aprendizes é um projeto mantido pelos empreendedores Jair Rebello e Rafael Incao com o objetivo de difundir o lifestyle viajante para todas as pessoas. Acreditam que é nas viagens que você colhe as melhores experiências. Por meio de artigos, entrevistas, vídeos, cursos e eventos dividem as melhores dicas sobre destinos, roteiros e atrações com viajantes brasileiros que querem desbravar o mundo de forma econômica, inteligente e divertida.

Jair Rebelo é empreendedor e Nômade Digital. Viaja o mundo colhendo experiências e trabalhando ao mesmo tempo. Deixou para trás a vida de funcionário público – e toda a estabilidade financeira que ela proporciona – para se dedicar à de viajante e compartilhar os conhecimentos adquiridos nas viagens. Acredita que uma vida confortável e estável não é necessariamente uma vida feliz, já que nem sempre a “rotina normal” de casa-trabalho-casa faz sentido. Após empreender, percebeu que é possível usar o tempo melhor, sendo mais produtivo e realizado.

Rafael Incao é nômade digital, é formado em Matemática pela USP. Tem muito orgulho desse diploma, que dorme em uma caixa há alguns anos. Mesmo com uma carreira promissora, percebeu que a vida de professor ia começar a saturar, e antes que isso acontecesse, decidiu dar uma guinada. Viajante profissional e compulsivo, investiu suas energias na rentabilização de seus conhecimentos através do marketing digital. Já visitou 46 países nos 5 continentes e, por isso mesmo, ensina os melhores atalhos para quem também deseja trilhar novos caminhos pelo mundo.

Nay Girelli é mulher, viajante, blogueira e escritora de cartas. Um dia resolveu não ter endereço fixo e fez do mundo sua casa. Também é criadora do blog cartasemtransitoblog.wordpress.com e escreve cartas para viajantes de todo o mundo.

Patrícia Ferrini é Cientista Molecular formada na USP, Doutora em Física Atmosférica também pela USP e Pós-Doutora em Economia do Desenvolvimento Sustentável pela Université Grenoble-Alpes, na França. Colocou todos os títulos de lado momentaneamente para viver uma grande viajem ao lado de sua companheira portuguesa, Olívia. Em breve, iniciam uma road trip pela Europa de carro, sem data para acabar e sem destino definido. É esta aventura que vão compartilhar detalhadamente através do Travel Like Girls www.facebook.com/travellikegirls , um projeto para encorajar outras mulheres (não apenas) a realizarem o sonho de cair na estrada. Apaixonada por viagens, novas culturas, gastronomia e novos idiomas.

Viajo Logo Existo (Leonardo Spencer e Rachel Paganotto)

viajo logo existo

A ideia do Viajo Logo Existo surgiu do encontro de inúmeros fatores em nossas vidas e seria mentira dizer que ele já existia há muito tempo em nossas cabeças. O trabalho no banco nos proporcionava uma qualidade de vida altíssima, tanto no dia-a-dia como nas viagens, mas estávamos questionando aonde aquilo tudo iria nós levar. Eram sete anos de banco, tempo que gostamos muito do que fazíamos, mas entendíamos que daquele momento em diante seria somente para acumular dinheiro, não deslumbrávamos muitos desafios que não fossem ligados à carreira e principalmente ao dinheiro! Sentimos a necessidade de começar um novo ciclo em nossas vidas, talvez com menos dinheiro e mais insegurança, porém com mais vida!

Leonardo Spencer: Sou brasileiro, nasci em uma terça feira quente de março de 1984 na caótica cidade de São Paulo. Sou administrador por formação e era por profissão até uns meses atrás, mas minha verdadeira paixão sempre foi conhecer e registrar diferentes culturas pelo mundo. Os últimos sete anos foram interessantes, mesclei a vida corrida do trabalho em São Paulo com diversas viagens. Pegava meus trinta dias de ferias anuais e me jogava pelo mundo. Passei por El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, EUA, Chile, Argentina, Maldivas, Galápagos, Europa, Indonesia, Fiji e mais inúmeras viagens pelo Brasil. Agora é chegada a hora de cair no mundo.

Rachel Paganotto: Desde pequena sempre adorei a ideia de viajar e principalmente conhecer e entender como as pessoas vivem em outros lugares. Em casa sempre viajávamos de carro, pelo menos duas vezes por ano íamos do Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul visitar nossa família que é de lá. Entre as coisas que eu adoro fazer estão a culinária e ajudar as pessoas. Na viagem não vou ter muita alternativa e vou ter que cozinhar quase todos os dias, caso contrário a viagem tornaria-se inviável. Com isso vou poder aprimorar o que já sei e conhecer as comidas e alimentos locais de mais de 60 países!

Vida Cigana (Larissa e Carlos)

vida cigana

Larissa e Carlos é um casal que devia estar contente por ter um emprego serem ditos cidadãos respeitáveis e ganharem quatro mil cruzeiros por mês (sdds Raul), mas preferiu largar tudo o que tinha e sair viajando pelo mundo sem data de retorno (ou assim pretendemos que seja).

Nômades digitais: Nossa relação com o trabalho que sustenta nossas viagens é dependente do local em que estamos. O que não nos impede de viajar continuamente, apenas selecionamos o modo Hard da coisa. Não nos denominamos nômades digitais, portanto. Ou, não nos denominamos nômades digitais, ainda. Mas a possibilidade está logo ali. Se conseguimos nos manter viajando em um país com um custo de vida elevado, por que não seguir desta forma onde é mais barato viver? Por que não seguir assim pra sempre? Voltar a um emprego fixo ou conhecer o mundo?

Vida Cigana: Não nos denominamos nômades ainda, preferimos ciganos. Larissa é cigana, de sangue, e mesmo não tendo crescido imersa na cultura, se orgulha disto e acredita estar remetendo às suas raízes ao viajar desta forma.

Case de Sucesso: Casal de Brasileiros Troca Escritório pelo Mundo e Fatura R$ 2,5 Milhões Viajando

Que é possível viver dignamente no estilo de vida Nômade Digital é fato. Não se trata de uma coqueluche nem mesmo de algo passageiro, é um modelo de vida que veio para ficar, como se diz: um sinal dos tempos. O que muitos podem estar se perguntando agora é: vou precisar fazer “freela” para o resto da vida? Como fica minha aposentadoria? E a minha independência financeira? Trabalhar no que gosta é bom mas em algum momento da vida precisarei de tranquilidade financeira. E aí?!

Acredito que o céu é o limite. Se você se preparar poderá sim ser atingir a independência financeira mesmo no nomadismo digital. Contudo, se tudo que você recebe for direcionado para as viagens e seus gastos não sobrará nada para se criar uma renda passiva para a aposentadoria. Terão mais sucesso aqueles que conseguirem criar um produto, uma marca, algo que gere renda mensal recorrentes. Um caso de sucesso foi publicado uns dois anos atrás na mídia. Trata-se do casal O casal Emerson Viegas e Jaqueline Barbosa, criadores dos sites Nômades Digitais, Casal sem Vergonha e Hypeness.

Em valores da época da reportagem, o casal faturava R$ 2,5 milhões ao ano. Os negócios ligados ao Hypeness representavam 60% do faturamento anual; o Casal sem Vergonha, 30%; e o Nômades Digitais, 10%. Na ocasião o Hypeness tinha 5 milhões de visitas e 4 milhões de visitantes únicos por mês. Já a audiência do Casal sem Vergonha era de 7 milhões de visitas e 5 milhões de visitantes únicos por mês.

A empresa contava com 13 funcionários nas áreas de conteúdo, tecnologia da informação e comercial. Além da publicidade nos sites, a dupla faturava com consultoria para marcas dentro do mercado de cada site, analisando protótipos e produzindo conteúdo para várias marcas.

O casal se conheceu em 2009. Jaqueline Barbosa atuava como tradutora e professora de inglês. Emerson Viegas trabalhava há dez anos como publicitário, ganhava R$ 12 mil por mês e comandava uma equipe de dez pessoas.

“Eu tinha o que as pessoas buscam, e o que eu também buscava, mas estava em um momento de muita frustração profissional”, ele afirma, e continua: “Isso se estende a uma frustração com a vida pessoal, pois, quando você não está feliz com seu trabalho, você acaba ‘vivendo‘ só aos finais de semana”.

Depois de muito planejamento e economia, os dois saíram de seus empregos para se dedicarem integralmente a dois sites que criaram, o Hypeness, sobre inovação e tecnologia, e o Casal sem Vergonha.

Hoje em dia, para trabalhar, alugam casas já com mobília e internet em sites como Airbnb. A experiência os levou a criar o site Nômades Digitais, com dicas para quem deseja trabalhar viajando como eles. Costumam também trabalhar em cafés, quiosques de praia, parques, bares e onde mais tiver uma conexão a internet.

Apesar de todo sucesso alcançado, Viegas conta que, no início, erraram ao não investir todo o tempo de trabalho que podiam no projeto. “Quando fizemos isso tudo mudou, a audiência e as relações comerciais melhoraram muito”, diz.

Outro erro foi ficar muito preocupado em manter a lucratividade e demorar para contratar. Ele afirma: “Acabamos acumulando todas as funções, mas não devemos ser o motor da empresa, e sim o volante que dá a direção certa”.

Ele também aconselha empreendedores a delegar e criar processos que não dependam de si, para que haja tempo para criar novos serviços interessantes. “Quando automatizamos o negócio a audiência e faturamento aumentaram”, ele conta.

Nomadismo Digital no Mundo Acadêmico

Os nômades digitais estão despertando tanto interesse que já foram assunto de artigo acadêmico. No ano passado, Renata Matos defendeu a dissertação de mestrado Nômades Digitais: Perfis, Motivações e Viabilidade. O trabalho foi apresentado à Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Gestão Empresarial sob orientação da professora Marisol Rodriguez Goia.

O presente estudo tem como objetivo final levantar o conjunto de fatores que se mostram decisivos para a viabilidade do projeto de vida idealizado por pessoas que se autodenominam “nômades digitais”, grupo que opta por trabalhar por meio da internet e viajar simultaneamente, em busca de um maior grau de autonomia e liberdade em suas vidas.

Estudo em Relação ao Perfil

Compreender, delimitar e definir com mais precisão quem são os nômades digitais, em relação à idade, à origem social, às condições socioeconômicas, à formação acadêmica e à área de atuação profissional.

Estudo em Relação à Motivação

  • Compreender as motivações que levam esses indivíduos a seguirem o estilo de vida do nomadismo digital;
  • Avaliar se, para esses indivíduos, o nomadismo digital é algo passageiro, durante uma fase da vida apenas, ou se pretendem segui-lo indefinidamente;
  • Levantar valores comuns entre seus integrantes.

Estudo em Relação à Viabilidade

  • Compreender de que maneira o grupo estudado viabiliza seu ideal de liberdade em termos profissionais, identificando as diferentes fontes de renda e os diferentes modelos de trabalho existentes no grupo;
  • Identificar as possibilidades para conduzir este estilo de vida;
  • Analisar se esta forma de trabalho permite o alcance da satisfação desejada;
  • Entender o significado do trabalho como nômades digitais para essas pessoas;
  • Levantar junto aos nômades digitais as vantagens e desvantagens desse estilo de
    vida e trabalho.

O estudo teve como foco aqueles indivíduos cujos trabalhos conjugam duas características: o uso de tecnologias de informação e comunicação e mobilidade geográfica. Segundo a autora esses atributos qualificam os indivíduos enquanto nômades digitais. Apesar de ser uma proposta de estilo de vida e trabalho presente em diversos países do mundo, o estudo ficou limitado aos brasileiros.

Não foi objeto do estudo os nômades digitais que assim o são por exigências do trabalho organizacional e nem as empresas contratantes desses profissionais. A pesquisa explorou aqueles indivíduos que optaram por romper com o modelo de trabalho que tinham para criar outro, em nome de uma maior autonomia, liberdade de escolha do lugar de trabalho e também de horários.

Perfil dos Nômades Digitais

Abaixo é apresentado o quadro com o perfil dos nômades digitais entrevistados.

Observou-se que os nômades, em geral, são casados e sem filhos. Com exceção de uma pessoa, todos são casados e apenas uma tem filhos. Alguns afirmaram não desejar ter filhos. Não possuir dependentes e viajar em dupla minimiza riscos e inseguranças. Treze estão na faixa etária entre os 24 e os 34 anos enquadrando-se na chamada geração Y.

As profissões mais frequentes são nas áreas de ciência da computação, administração e comunicação social. Contudo, metade não exerce suas profissões de origem quando tornam-se nômades digitais, enveredando pelas atividades de produtores de conteúdo e fotografia.

Em relação às condições socioeconômicas de suas famílias e nas quais foram criados, todos se consideram classe média, alguns mais abastados e outros mais humildes, mas sem passar por privações.

Viabilidade do Nomandismo Digital

O estudo procurou analisar a viabilidade do “projeto nômade digital”. Para isto foram analisadas as fontes de renda dos indivíduos.

Três criam conteúdo para seus próprios blogs e buscam receitas provenientes da venda de espaço publicitário pelo Google AdSense e os demais com programas de marketing de afiliados. Apesar de nem sempre terem sido citados como fontes de renda, todos os entrevistados possuem blogs ou sites sobre suas viagens. A produção e venda de e-products também é uma opção, com a construção de uma loja online ou com a venda de e-books próprios e de
fotografias tiradas durante a viagem.

A autora verificou que conforme o número de nômades digitais aumenta, a concorrência entre eles fica
mais acirrada, existindo pouquíssima diferenciação entre um site de viagens e outro e, consequentemente, a renda de cada um diminui.

Assim, outras fontes de renda são necessárias. Os nômades, em geral, prestam serviços diversos para se sustentarem. Por meio de sites de oferta de trabalho ou por meio de seus próprio sites. Treze entrevistados prestam serviços de consultoria, de ciência da computação, de tradução de textos e de produção de conteúdo web para empresas.

Entretanto, a renda de nove nômades digitais é menor do que aquela que tinham em seus empregos anteriores. Quinze trabalham como freelancer ou possuem seu próprio negócio, mas três não conseguem se sustentar desta forma, precisando gastar recursos de suas economias prévias.

Mesmo o casal de entrevistados melhor organizado financeiramente diz que o dinheiro que sobra em um mês muitas vezes serve para cobrir o déficit do mês seguinte. Por outro lado, o custo de vida seria menor do que em suas vidas sedentárias no Brasil.

A autora verificou que os nômades parecem mais confortáveis mantendo seus clientes e estruturas empresariais e financeiras no Brasil, por mais burocrático e de cara manutenção ele seja. Treze entrevistados têm como clientes pessoas físicas ou empresas brasileiras.

Quatro possuem contas bancárias no Brasil e no exterior, os demais, apenas no Brasil e nenhum apenas no exterior. Eles recebem pagamentos por serviços prestados por meio de depósitos em bancos brasileiros e, depois, transferem o dinheiro para a conta no estrangeiro.

Considerações Finais

Na sua pesquisa, a autora verificou que o discurso presente nos sites e fanpages sobre o tema é de convencimento do leitor das maravilhas da vida de nômade digital. Os nômades geralmente passam uma sensação de urgência para largar tudo e fugir para o mundo. A fala reforça uma angústia e uma impressão de aprisionamento promovidas pelo trabalho tradicional.

Essa percepção crítica do discurso põe em dúvida a viabilidade deste projeto de vida. Muitos sacrifícios e renúncias precisam ser feitos, abre-se mão de carreira e status, família, amigos e segurança social, em troca da liberdade desejada

O alto grau de mobilidade tem impacto não só no negócio, mas também em aspectos sociais e emocionais da vida do trabalhador. O isolamento foi citado por sete entrevistados como uma das razões para uma possível inviabilidade do nomadismo digital por um longo prazo.

Talvez por esse motivo, muitos nômades digitais brasileiros visitem o Brasil com regularidade. São poucos aqueles que se ausentam por muitos anos seguidos. Por exemplo, 1/4 dos entrevistados que se autodeclararam nômades digitais informaram que não estavam em viagem, mas no Brasil.

Para a autora, o fato de visitarem o Brasil com frequência mostra que os nômades digitais brasileiros não se sentem presos a uma obrigação de nomadismo ininterrupto. Eles criaram seu próprio modelo de nomadismo digital, o qual parece ser mais uma condição momentânea do que propriamente uma identidade.

Apesar das polêmicas em relação ao “nomadismo digital”, estilo de vida e trabalho cercado por vantagens e desvantagens, em geral, os entrevistados afirmaram que não voltariam para o modelo tradicional de trabalho, mesmo quando deixarem de ser “nômades digitais”. Pode-se pensar, assim, que, de alguma forma, uma condição mais satisfatória foi alcançada por essas pessoas.

Crie seu Caminho

O Programa Crie Seu Caminho é um programa online de 12 semanas, onde você será guiado individualmente através de uma estrutura passo a passo para se libertar de seus medos, encontrar seus talentos e o seu propósito de vida e transformá-los em um projeto, criando o estilo de vida que você quer viver. Saiba mais no site Renda Hoje.

Procura de Empregos

Se você ainda não é um nômade digital e está a procura de um emprego fixo em uma empresa, nossa dica é acessar sites como o ProcuraEmprego. Diariamente são divulgadas vagas e notícias relacionadas a empregos de várias empresas do Brasil. Assim você poderá encontrar um bom emprego enquanto não alcança sua liberdade financeira.

59 comments

  1. Opa!

    Parabénsm artigo muito interessante e super completo!
    De fato se tornar um nomade digital nao é simples e demanda trabalho, organização e foco.
    Ainda nao cheguei la, mas to trabalhando e espero alcançar esse status no momento oportuno!
    O artigo em si é muito motivante.
    forte abraço

  2. Sensacional esse artigo, vou guardar pra ler com calma depois. Vc que trabalha home office há 10 anos, tem como dar mais detalhes ? Como vc conseguiu, o que vc estudou, no que se especializou, que competencias exatamente seriam necessarias pra fazer o que vc faz ? obrigado!!

    1. Opa!

      Comigo não foi planejado, sempre trabalhei com T.I. desenvolvendo sistemas industriais, tenho um sócio, e percebemos que o custo com escritório estava caro, então decidimos cada um ir trabalhar na sua casa. Quem trabalha com T.I. precisa apenas de um computador e uma internet, então fica fácil trabalhar de casa. Hoje escrevo em blogs apenas como passa-tempo, mas até isto tá me gerando receita (cerca de 5.000 reais por mês), pode ser que no futuro até deixe de trabalhar com T.I. e fique apenas escrevendo em blogs, quem sabe.

      Abraço e suce$$o!

  3. ual, que artigo epico parabéns, quem não sonha em ser um nômade digital em, seria ótimo mas por enquanto me contento em trabalhar em casa mesmo, já é uma grande vitória!!

  4. Ótima matéria muita informação super atualizada, adorei realmente estou super feliz em fazer parte deste novo conceito digital d + …

  5. trabalhar em casa é proposito de muitas pessoas. tenho tentado isso amais um ano e ainda não achei o nicho certo. trabalho de 16 a 18 hr por dia sem praticamente resultados. enfrentar este desafio e cansativo. pra falar a verdade, preciso de ajuda, mas não tenho grana pra investir , em fim, tento tudo em artigos que leio na net. li seu artigo achei interessante, mais um aprendizado que posso usar na minha empreitada. se tiver alguma dica como meio de ajudar, entre em contato comigo,

    1. Olá Ozeias!

      Eu trabalho em cada desde 2009. É uma experiência muito gratificante, mas ao contrário dos nômades digitais nunca trabalhei viajando. Hoje tenho filho e ficou mais complicado. Quem sabe um dia. Tenho uma empresa de T.I. e desenvolvo sistemas, então fica fácil trabalhar em casa. Qual é a sua profissão? Fica difícil te dar alguma dica sem conhecer a sua história.

      Abraço!

  6. Muito bom seu artigo.
    Cheio de informações sobre nomadismo digital, não conhecia sobre o assunto mais vou buscar mais sobre o assunto

    1. Olá Elohim!

      Também não conhecia meses atrás, foi pesquisando que decidi montar este artigo sobre os nômades digitais.

      Muito obrigado e sucesso!

  7. Muito top o artigo sobre o Nomadismo Digital. Eu acompanho o Bruno há um tempo e achei interessante seu blog citá-lo. Vou acompanhar agora sempre que possível. Parabéns!!

  8. Acredito que ser um nômade digital além de ser um trabalho é um estilo de vida porém engana-se quem pensa que é pura diversão tem muito planejamento e trabalho envolvido.

    1. Preta, pelo que vi, tem nômade digital que trabalha muito mais que pessoas com estilo de vida convencional.

  9. Muito bacana seu artigo sobre o Nomadismo Digital. Confesso que não sabia nada sobre o assunto. Adorei saber detalhes tão ricos sobre esse estilo de vida fascinante! Parabéns!

  10. Excelente post a respeito de nômades digitais. Eu venho me empenhando a 2 anos e estudando muito na conquista desse sonho de trabalhar em casa. E para falar a verdade, com relação às horas de trabalho. Nada mudou trabalho até mais do que trabalhava antes. Mas agora faço com amor…. Não é mais pesado… Trás satisfação… e o melhor, dá muito prazer ajudar pessoas….

    Acho que é isso que mais me motivou a trabalhar pela internet. O Fato de que só dá certo quando você foca em resolver os problemas das pessoas. A recompensa é resultado disso…

    Abraço a todos!

    1. Olá Ricardo,

      Belo relato! Torço para que dê tudo certo na sua jornada de nômade digital. Quando tive rum blog divulgue aqui para nós.

      Abraço!

  11. Acho que foi o melhor artigo e com mais fontes sobre o nomadismo digital que eu já vi.
    Parabens mestre! Tá muito mais do que profissional.

  12. Texto bem completo recheado de informações relevantes e também de perfis que não conhecíamos! Parabéns!
    Ficou faltando a gente aí nessa lista! hahaha Estamos nesta vida há 1 ano e meio e começamos a viajar em maio do ano passado.
    Como tudo na vida, ser nômade digital tem seus prós e contras, mas não pretendemos mudar! Abraços e muitas viagens.

    1. Olá!

      Realmente ficou faltando muitos nômades, mas irei adicionando na medida que forem aparecendo por aqui, rs.

      Obrigado e sucesso!

  13. Oi Alexandre, ótimo artigo sobre nomadismo digital, obrigada por ter nos mencionado no texto, seguimos firmes e fortes 🙂
    Uma correção sobre nosso instagram, já temos 10.305 seguidores!

    Abraços e obrigada mais uma vez!

    1. Olá Larissa!

      Foi muito instigante pesquisar a respeito deste estilo de vida e encontrar tantas pessoas como vocês já colocando em prática a ideia. Nem precisa agradecer, todo trabalho bem feito deve ser reconhecido.

      Abraço e parabéns!

  14. Oi Alexandre,
    Obrigada por nos avisar do artigo!! =D
    Muito bacana o conteúdo e a compilação de todo o estilo nômade. Muito bom também trazer o link para a dissertação da Renata, que fiquei bem curiosa para ler o final! 🙂

    Feliz em ver o Diário Nômade citado. Não escrevemos no nosso blog com regularidade, pois não o temos como fonte de renda (ou intenção disso acontecer). Mas, fazer parte desse grupo de nômades brasileiros é sensacional! Tinha alguns nômades que não conhecíamos e vamos acompanhar o trabalho com certeza!

    Parabéns e sucesso na tua jornada!!
    Um grande abraço!

    1. Olá Thaisy e Roger!

      Apesar de escreverem pouco no Diário Nômade verifiquei que tem muito conteúdo bom por lá. Fico feliz que tenham gostado do artigo.

      Parabéns pela vida nômade e obrigado!

      Abraço!

  15. Conheci o termo nômade digital por meio do Gabriel Torres que já acompanho há muito tempo.

    Se existir nômade digital fixo, sou eu ;-). Há três anos só preciso de um PC com acesso a internet para fazer o que preciso. Mas devido ao trabalho da patroa, temos uma casinha alugada para morar.

    Acredito que ter essa liberdade é o sonho de muitas pessoas, mas tudo tem um preço e a maioria não está disposta a pagar por ele e ter uma vida frugal.

    Se elas vissem e sentisse o quão bom é estar dessa lado, elas tomariam a pílula vermelha.

    Um grande abraço.

    1. kkk, tb sou este nômade fixo. mas acho que a maioria dos nômades não levam uma vida financeira “tranquila” como o Gabriel, precisam fazer freelas dia e noite. Abraço!

  16. Fala Uó!

    É um estilo de vida fascinante, sem dúvida. Queria apenas deixar uma constatação que ratifica muitas de suas ideias.

    Quanto eu fiquei fora do Brasil pot 7 meses, viajando por vários países da Ásia, fui percebendo que meus gastos mensais era ainda menores do que eu tinha (e hoje tenho) no Brasil, com um estilo de vida “fixo”. E isso incluindo o transporte entre um país e outro.

    Apesar de aceitar que na Ásia o custo de vida é bem menor do que no Brasil, isso é algo difícil de as pessoas assimilarem. É o melhor dos mundos. Vc está em férias o tempo todo e trabalha quando quer, onde quer, e… ainda economiza!!!

    (Ah, faltou vc colocar entre as atividades dos nômades digitais o “gerenciador financeiro de sua própria carteira de ativos” rsrs)

    Enfim, a volta acaba acontecendo por um sentimento de necessidade de apoio à família. É difícil ficar muito tempo fora quando sabe que aqui pessoas precisam de sua presença. Agora se vc não tiver esses laços, é uma vida de sonho!

    Abraços!

    1. Opa!

      Acabou que fiz o post e nem te avisei, mas você chegou aqui, rs. Lembrei muito de você quando estava redigindo o artigo.

      Abraço!

    1. Oi Nat!

      O Love and Road não poderia ficar de fora desta compilação. Parabéns a você e ao Rob!

      Grande abraço!

  17. Olá, parabéns pelo artigo, realmente super completo com tudo sobre o nomadismo digital. Fico feliz em fazer parte e contribuir para produzindo conteúdo sobre o assunto na internet.

    Só uma correção na tabela com os números. Meu Instagram tem hoje 165k.

    Abraços e obrigado

    1. Opa!
      Tudo bem Guilherme?

      Você é o primeiro nômade digital que passa por aqui. Conheci o nomadismo digital há duas semanas e achei fascinante este estilo de vida. Transformei o resultado das minhas pesquisas a respeito do tema neste artigo. Ainda vou fazer umas correções no texto e na estrutura do post. Depois vou entrar em contato com cada nômade para divulgar o trabalho.

      Abraço e parabéns pela sua jornada!

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